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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Entrevista com Kevin McHale


A Fox- Sony Home Entertainment realizou uma entrevista com o ator Kevin McHale, o Artie de glee, onde ele fala sobre a carreira, a série e seus planos para o futuro. Confira:

Quando você relembra a primeira temporada de Glee, parecia que daria tão certo?
Não, não mesmo. Não sabíamos como seria a recepção do público. Gravamos 13 episódios sem nenhum deles ir ao ar e ficamos pensando ‘Ah, as pessoas vão ver isto em algum momento e vão gostar, aí a gente vai continuar fazendo a série’. Eu fiquei tranquilo com o fato de não poder influenciar esse lado das coisas. Só o que eu posso fazer é chegar, fazer o meu trabalho e esperar que as pessoas gostem, e, felizmente, elas gostam. E aqui estamos nós depois de todo esse tempo.

Tem muita gente nova na quarta temporada. Os novos membros do elenco foram recebidos com alegria pelo rebanho?
[Risos] Colocando assim, fica parecendo até com Game of Thrones! Mas nós ficamos muito felizes em receber os novos membros do elenco. Bem que eu gostaria de poder dizer que eles foram difíceis e não tinham talento, mas é exatamente o contrário. Todos eles foram super legais e esforçados; eles trabalharam sem reclamar e deram tudo de si.


Você acha que ter partes da série se passando em Nova Iorque deu um gás em Glee?
Acho, acho sim. A gente queria ver como as cenas de Nova Iorque iriam funcionar e todo mundo ficou muito animado com isso. Eu acho que deu brilhantemente certo e meio que deu uma vida nova ao programa. A gente não tinha, necessariamente, que ler as cenas de Nova Iorque quando o roteiro era liberado e quem estava envolvido nessas cenas não tinha, necessariamente, que ler sobre o que iria se passar no McKinley High, afinal nós somos fãs também – a gente não queria ler nada antecipadamente e estragar a surpresa de ver o resultado na tela. Então era bem divertido para nós. Mesmo assim, uma coisa que era chata de verdade é que nós não ficávamos juntos o tempo todo como nos outros três anos. Era estranho, mas a gente conseguia se ver de passagem.

Foi difícil para você, como ator, se ajustar a essas mudanças?
Para nós que ficamos na sala do coral, não houve nenhuma grande diferença porque, de alguma forma, continuamos fazendo a mesma coisa e tinha toda essa galera nova entrando, então foi bem animado. Eu acho que foi mais difícil para o pessoal de Nova Iorque por trabalhar em novos sets e por ser um mundo completamente diferente – não estar na escola e nem com o Sr. Shue o tempo todo. Para nós, foi meio que a mesma coisa e não parecia que tinha outra parte do programa sendo gravada, o que foi legal, porque quando a gente foi assistir a quarta temporada era tipo ‘Puxa! Isto aqui é novidade!’

Você estava ansioso para que Artie rumasse para Nova Iorque?
Sim, no fim da temporada decidiram que eu iria para um curso de cinema em Nova Iorque, mas isto está longe de acontecer. Artie ainda tem que se formar e participar das Nacionais, mas uma hora ou outra ele vai parar em Manhattan.

Artie é um aspirante a diretor. Isso te atrai?
Não! É engraçado porque talvez eu seja o único membro do elenco de Glee que não tem nenhum interesse em direção. A esta altura, eu até poderia. Nós fizemos 88 episódios ao longo das quatro temporadas, então eu sei bem como é que tudo funciona. O Brad Falchuk é um dos idealizadores, eu estava com ele quando ele estava dirigindo e disse: ‘Eu não sei se eu seria capaz de fazer isso’. Ele respondeu: ‘Claro que você seria capaz. Depois desta sequência, o que você faria?’ Eu falaria para ele o que eu achava e ele diria: ‘Isso, certo!’. Mas o negócio é que, quando você é diretor de fato e de direito, se surge um problema em algum departamento vão recorrer a você e é aí que eu iria dançar. Algumas pessoas são perfeitas para isso. Eu acho que a Dianna [Agron, que interpreta a Quinn] e o Harry [Shum Jr., que interpreta o Mike] seriam incríveis dirigindo. Mas eu sempre fico pensando: ‘Humm, esta série nunca iria ao ar se fosse eu quem dirigisse. Seria cancelada rapidinho!’

Houve certa controvérsia nesse ano quanto a Glee abordando assuntos como tiroteios em colégios. Você acha que é importante para a série abordar esses problemas?
Acho que nós nunca evitamos tratar sobre assuntos mais sensíveis, e os roteiristas não tinham realizado esse tipo de episódio até o momento somente por acaso. Acho que eles tinham uma história para contar e o fizeram da forma mais respeitosa possível. Como atores, nós nunca esperávamos algo desse tipo, mas também aprendemos ao longo do tempo que, em Glee, devemos esperar pelo inesperável. Meu trabalho era aparecer e atuar o que estava no papel da forma mais crível possível. Foi uma experiência única filmar esse episódio e espero que tenha saído da forma mais realística possível. O diretor do episódio (Bradley Buecker) queria ser bem sensível sobre o assunto, e foi dessa forma que dirigiu o episódio, e estou orgulhoso por ser parte de uma série que não tem medo de abordar assuntos sérios. Temos vários momentos de diversão e de músicas divertidas, mas acho que o que faz a série tão famosa é a forma como tratamos desses grandes problemas.

Como você reagiu quando leu pela primeira vez o roteiro desse episódio em particular?
Eu me surpreendi, mas fiquei também feliz pela forma como o episódio foi escrito. Você não espera fazer nada do tipo, mas isso é uma das coisas que torna divertido fazer parte dessa série.

Alex Newell é brilhante interpretando Unique. Ele é tão excêntrico quanto seu personagem na vida real?
Alex é hilário. Ele não é necessariamente igual à Unique, mas ele é extremamente orgulhoso e feliz de interpretar essa personalidade. Escutei mais coisa das pessoas sobre ele, em especial, do que sobre qualquer outra coisa dessa temporada – sobre quão feliz eles estão em ter um personagem daquele jeito na TV, o que é, obviamente, algo raro. É tão bom ter Alex interpretando esse personagem porque ele é maravilhoso e hilário, e ele lida com isso da forma mais incrível possível.

Você é um bom dançarino, então você deve ter se animado quando descobriu que haveria uma cena em sonho onde Artie…
Absolutamente. Eu não peço a eles normalmente para me escrever esse tipo de cena, com exceção do episódio em tributo a Michael Jackson. Eu próprio definitivamente produzi essa cena. Esse tipo de coisa só aconteceu duas ou três vezes até o momento, e é animador, mas também aterrorizante, porque as pessoas dizem “olha, você pode dançar”, e eu digo “bom, estou sentando nessa cadeira por quatro anos, então não sei se ainda consigo”. As expectativas estão sempre no topo, mas esperançosamente eu consigo me apresentar bem.

Você deve ter uma força incrível acima da cintura após todos esses anos andando na cadeira de rodas…
[Risos] Não, de forma alguma. Estou mais fraco do que nunca. O problema é que eu peso pouco, a cadeira de rodas é leve e o set de gravação possui um piso plano. A única vez que eu saí de cadeira de rodas para dar uma volta fora do set, parei depois de 30 segundos, suando, e pensando comigo “eu não consigo fazer isso”.

Glee é tão popular em DVD e em Blu-ray quanto é na televisão. Isso te surpreende?
Não, porque é assim que eu mesmo consumo a maioria das coisas. Eu não acho que eu assisto muitas séries quando elas realmente estão passando na televisão. Eu amo Game of Thrones, Downtown Abbey, Scandal e eu as assisto em diversas plataformas diferentes.

Aonde você gostaria que a história de Artie o levasse na 5ª temporada?
Eu queria que ele fosse para Nova Iorque e agora isso está acontecendo, então nesse momento eu estou tipo: “O que vocês quiserem fazer comigo…”. A gente continua fazendo piadas sobre eu me mudar para um apartamento do outro lado do corredor do apartamento de Rachel e Kurt. O mais engraçado é que aquelas cenas não são realmente feitas em Nova Iorque de qualquer forma, elas são feitas no mesmo espaço que são gravadas as cenas que acontecem no Mckinley High. Eles destruíram o apartamento de Will Schuester para abrir espaço para os de Nova Iorque.

Você se preocupa com uma possível redução do seu tempo em cena?
Isso é necessário quando você tem muitos personagens, apesar de eu saber que eu sou o único que apareceu em todos os episódios até agora. É isso que as pessoas me dizem no Twitter, mas eu estou esperando não aparecer em algum episódio em algum momento porque há algumas semanas na 4ª temporada em que não aparece nada sobre Nova Iorque. Eu estou pronto.

O personagem dos sonhos de Rachel é a protagonista em Funny Girl. Qual você acha que é o personagem dos sonhos de Artie?
[Risos] Dirigir Rachel em Funny Girl e poder mandar nela.

Você tem algum número musical favorito da 4ª temporada?
Tem um do Jacob Artist, que interpreta Jake, em que ele canta Let Me Love You de Ne-Yo e é uma versão totalmente leve e diferente da original. Foi tão bom. É o que eu amo – onde a gente pega uma música muito popular e damos um estilo próprio – e Jacob a cantou de maneira incrível. Foi nosso primeiro hit a estar no top 10 do iTunes dessa temporada então nós todos ficamos muito felizes com isso.

E quem é seu personagem favorito?
Kate Hudson é incrível. Eu não tive nenhuma cena com ela, mas eu adoro assistir todos os episódios que ela faz parte e ela é uma das pessoas mais incrivelmente legais que eu já conheci na minha vida. Nós tivemos um episódio sobre Stevie Wonder e ela nos pediu conselhos para fazer seu número. Ela estava genuinamente interessada no que nós tínhamos a dizer, e, além disso, ela tem o melhor tanquinho que eu já vi na vida.

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